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Como é feito o diagnóstico de TDAH?

Uma dúvida muito frequente entre os pacientes que procuram atendimento especializado é sobre como chegar ao diagnóstico de TDAH. Em tempos em que a medicina se pauta cada vez mais no uso de exames complementares, é comum e natural que haja expectativa de que exames como ressonância magnética, eletroencefalograma ou mesmo algum exame genético possam, por si só, confirmar o diagnóstico de TDAH de forma inequívoca.

Entretanto, a realidade é que nenhum exame complementar, escala de avaliação ou avaliação neuropsicológica são capazes de firmar o diagnóstico. Isso acontece pois nenhum exame apresenta sensibilidade suficiente para detectar alterações anátomo funcionais específicas da condição, bem como os sintomas avaliados por tais escalas podem representar sintomas de outras condições médicas, como apneia do sono, depressão, transtorno bipolar ou abuso de substâncias químicas. Desse modo, a única forma de realizar um diagnóstico preciso é conhecendo o TDAH, suas características e seu diagnóstico diferencial. Os principais sistemas diagnósticos utilizados (Como o DSM e o CID) fornecem critérios bem estabelecidos para reduzir o risco de erro e uniformizar o diagnóstico. Porém, o TDAH apresenta vários sintomas e nuances que não são contemplados como critérios diagnósticos. Dois exemplos são o Transtorno Opositor Desafiador (TOD) e a labilidade emocional, que são bastante prevalentes nos pacientes.

Os exames complementares, então, assumem um papel mais importante para a exclusão de outras condições médicas nos casos em que há uma suspeita. Este fato é bastante importante no contexto da investigação e diagnóstico do TDAH no adulto pois existem condições comuns nessa população, como a apneia do sono, que pode chegar até 40-50% de prevalência e cujo diagnóstico é confirmado pela polissonografia. Vale ressaltar, também, que a experiência profissional não é fundamental apenas no processo diagnóstico, mas também no acompanhamento, quando o conhecimento acerca das modalidades de tratamento (sejam por meio de medicação ou não) faz diferença e otimiza os resultados.

 

Referências:

         

 

 

 
 
 

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